João Lopes: A herança de Ingmar Bergman (1918-2007) confunde-se com a defesa da especificidade do próprio cinema. Se é verdade que o seu trabalho integra referências e valores "roubados" a outras artes (nomeadamente o teatro), não é menos verdade que os seus filmes vivem, antes do mais, da paciente e obsessiva procura de uma linguagem — ou melhor, de linguagens — em que o cinema deixa de ser uma "transcrição" do mundo para existir como uma recriação da sua própria complexidade, da dificuldade de a contemplar e dizer. Bergman foi tudo isso na idade da televisão e, afinal, sem renegar a televisão; o seu derradeiro filme, Saraband (2003), é mesmo um caso extraordinário de integração de algumas lógicas televisivas, sem deixar de ser um radical objecto de cinema.
>>> Site oficial de Ingmar Bergman.
>>> Site oficial da Fundação Ingmar Bergman.
>>> Site dedicado a Ingmar Bergman: Bergmanorama.
>>> Ingmar Bergman no Senses of Cinema.